[RESENHA] Family Tree


Bom dia, Divagadores, tudo bem por ai?
A resenha de hoje vai ser um pouquinho diferente. Apesar de estar sendo postada por mim, ela foi escrita pelo meu irmão, Rodrigo.
Bora lá ver o que ele achou de Family Tree?

Não espere por meteoros, pragas ou guerras. No universo imaginado pelos aclamados quadrinistas Jeff Lemire e Phil Hester, o fim do mundo tem início num dia qualquer, numa cidade qualquer, quando uma menina de oito anos começa a se transformar numa... árvore.

Para salvá-la antes que seja tarde demais, sua mãe, seu irmão e seu excêntrico avô embarcam numa jornada bizarra e perigosa em busca da cura e de respostas, deparando-se com diversas ameaças pelo caminho, como mercenários assassinos e adeptos de cultos fanáticos, todos dispostos a destruir a menina ou usarem-na para benefício próprio. A cada passo longe de casa, mais a menina-árvore se vê perto de completar essa terrível transformação, correndo o risco de perder para sempre sua humanidade. Ou talvez tornar-se o que nasceu para ser.

Sombrio e impactante, este primeiro volume de Family Tree reúne os quatros fascículos iniciais da série, uma visão única do subgênero conhecido como body horror, ou horror corporal. Mistério, ação e terror se combinam nessa distopia sobrenatural sobre laços familiares indestrutíveis e a força apocalíptica da natureza.

Em seus sonhos mais malucos como seria o primeiro dia do fim do mundo?

Seria através de um vírus criado em laboratório que transforma gente morta em zumbi? Seria por uma doença que com falta de vacinas cria um milhão de variantes impossíveis de ser contida? Seria uma guerra nuclear? Para Jeff Lemire não, em Family Tree o mundo começa a acabar quando uma garotinha começa a se transformar em árvore.

Pra quem está acostumado a narrativa pouco ortodoxa de Lemire sabe que são as ideias mais bizarras aquelas a render as melhores histórias.

Loretta Hayes mãe solo do problemático adolescente Joshua e da pequena Meg vivem em uma pequena cidade Americana e essa é toda a informação que temos até descobrir o pequeno problema de pele da pequena garotinha.

Em pouco tempo o que parecia ser uma pequena alergia começa a transformar a pequena Meg em uma árvore e é aí que as coisas começam a ficar estranhas.

Loretta sem entender o que está acontecendo decidi procurar um médico para sua filha e a partir desse momento toda a loucura, isso mais loucura do que uma criança virando árvore, toma de assalto o leitor.

Uma seita de homens carecas passam a perseguir a família que é salva por um homem velho, barbudo e com uma mão de madeira, eu falei que ia ficar estranho.

O homem da mão de madeira é Judd o avó que a menina Meg nunca conheceu de um pai que ela acreditava que havia a abandonado a muito tempo.

Family Free Volume 1 é basicamente isso, um monte de pergunta sem nenhuma resposta com um amontoado de coisas bizarras acontecendo. Isso pode te fazer pensar porque eu vou querer ler isso? A resposta é simples a condução feita por Lemire que te deixa com vontade de cada evento que acontece na história, ao mesmo tempo que ele não te responde nada te deixa com vontade de saber as respostas. Claro que existem mais coisas na história, e claro que eu não vou escrever aqui pra não estragar sua experiência mas se isso não te deixar com vontade de ler eu tenho uma carta na manga, Phil Hester.

Phil Hester é um desenhista de traço simples e dinâmico, teve uma passagem brilhante e marcante pelo Arqueiro Verde e entrega para a história toda a dinâmica e velocidade que você precisa pra poder ler e ficar com vontade de ler mais. A composição dos quadros são lindas e muitas vezes e as cenas de ação são incríveis, é sério Phil Hester arrebenta nessa edição. Complementando sua arte temos uma palheta de cores só com cores frias que compõe bem o que a história pede.

Family tree é uma história bizarra e esquisita cheia de perguntas sem respostas simplesmente viciante, você termina o primeiro volume querendo estar já com o segundo nas mãos.

Autores: Jeff Lemire, Phil Hester, Eric Gapstur e Ryan Cody | Editora: Intrínseca 
Páginas: 96 |  Ano: 2021







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