[RESENHA] Duna - Graphic Novel 1



Olá pessoal, já estou de volta, trazendo a resenha da adaptação para quadrinhos de uma das mais importantes obras de ficção científica de todos os tempos: Duna, de Frank Herbert.

Num futuro distante, a casa Atreides, liderada pelo duque Leto, se prepara para uma jornada até o planeta desértico de Arrakis. Também conhecido como “Duna”, esse lugar cercado de mistérios e perigos é a única fonte da substância mais valiosa do cosmos. O duque precisará se aliar aos nativos, os fremen, se quiser impedir que a casa Harkonnen assuma o controle do planeta. E é lá que seu filho, Paul, conhecerá seu destino. O jovem pode ser a chave de um plano traçado há séculos e uma peça importante no jogo de poderes do império.

Um dos grandes consensos que existem entre quem leu o livro Duna pelo menos uma vez na vida é de que Frank Herbert praticamente nos arremessa sem cerimônia alguma em um universo grandioso, com uma mitologia já muito bem estabelecida e simplesmente não nos conta nada de cara.

Kwisatz Haderach, Gom Jabbar, Bene Gesserit e outros tantos termos são só alguns que nos são apresentados sem resposta alguma logo de início. É necessário logo de cara se acostumar a um jogo político que já está em curso no mundo de Duna e a ida da casa Atreides para Arrakis, o planeta onde se é extraída a substância mais valiosa do universo, a "especiaria", é só mais um passo nessa intricada trama.



A ameaça da casa Harkonnen, antecessores do Atreides no controle do planeta deserto, já nos é apresentada desde o início. E a ameaça não é tão simples, assim como aquilo que o futuro reserva. Vários personagens que aparecem neste primeiro momento parecem ter algum segredo maior escondido, e até mesmo as motivações por trás do desejo de eliminar de vez o poder político dos Atreides ainda não são totalmente explicadas.

O protagonista dessa grandiosa saga acaba por ser um coadjuvante até que o primeiro ponto de virada chegue, próximo do fim desse primeiro volume. Paul não é um simples jovem. Apesar de sua aparente falta de interesse no jogo político, ele é inteligente e entende rapidamente seu papel e seu destino, principalmente quando finalmente se vê como o responsável por escrever sua própria história.



Quanto a narrativa, é como eu já disse: somos jogados de um lado para o outro. Vamos pulando de cena em cena, local em local, personagem por personagem, em um ritmo maluco e que algumas vezes não deixa claro suas transições. E talvez esse seja o maior defeito, principalmente nos primeiros capítulos. As transições são bruscas demais e essa falta de cuidado, aliado à quantidade de informação apresentada ao leitor, quebra um pouco o ritmo da leitura.

E ainda tem tanta coisa por se descobrir. Quem exatamente são os Fremen, os nativos de Arrakis? Qual o exato papel de Paul Atreides? Quais os planos da casa Harkonnen e do Império? Tantas perguntas que ficam no ar e que não vejo a hora de serem respondidas. Talvez em breve pegar o livro para finalmente ler essa aclamada obra? Quem sabe.



Espero que tenham gostado da resenha. Até breve!

Autor: Frank Herbert | Adaptação: Brian Herbert e Kevin J. Anderson | Arte: Raúl Allén e Patricia Martín | Editora: Intrínseca | Páginas: 176 | Ano: 2020 | Tradução: Ulisses Teixeira

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