[RESENHA] A Bailarina De Auschwitz


Boa tarde, Divagadores, tudo bem com vocês? Hoje trago para vocês a resenha de um livro que falou muito comigo, um livro que despertou tantas coisas dentro de mim que precisou ser lido lentamente para que eu pudesse absorver toda a mensagem que ele continha. Foram cerca de cinco meses para eu conseguir completar a leitura, o que faz com que esse seja o livro que mais demorei para ler. Bora saber o que eu tenho a dizer sobre ele?

Edith Eger era uma bailarina de 16 anos quando o Exército alemão invadiu seu vilarejo na Hungria. Seus pais foram enviados à câmara de gás, mas ela e a irmã sobreviveram. Edith foi encontrada pelos soldados americanos em uma pilha de corpos dados como mortos. Mesmo depois de tanto sofrimento e humilhação nas mãos dos nazistas, e após anos e anos tendo que lidar com as terríveis lembranças e a culpa, ela escolheu perdoá-los e seguir vivendo com alegria. Já adulta e mãe de família, resolveu cursar psicologia. Hoje ela trata pacientes que também lutam contra o transtorno de estresse pós-traumático e já transformou a vida de veteranos de guerra, mulheres vítimas de violência doméstica e tantos outros que, como ela, precisaram enfrentar a dor e reconstruir a própria vida. Este é um relato emocionante de suas memórias e de casos reais de pessoas que ela ajudou. Uma lição de resiliência e superação, em que Edith nos ensina que todos nós podemos escapar à prisão da nossa própria mente e encontrar a liberdade, não importam as circunstâncias.

Quem acompanha o blog e as minhas resenhas há um tempo sabe que eu gosto muito de ler livros cujo a temática é a Segunda Guerra Mundial, no entanto todos os livros que eu havia lido até recentemente (fora O Diário de Anne Frank, que infelizmente foi decepcionante pra mim) eram inspirados em fatos reais. Eu nunca havia parado para ler algo escrito por alguém que viveu em Auschwitz e o fato da Edith ter passado realmente por este terror fez com que a experiência durante a leitura se tornasse extremamente intensa para mim. 

Dividindo a narrativa entre passado e presente nos deparamos com momentos onde Edith e a irmã lutaram para sobreviver, chorei em diversos momentos comoventes, fiquei com raiva em momentos de injustiça, refleti em momentos onde eu a havia seguir em frente quando tudo estava prestes a chegar ao fim. 

Com a narrativa no tempo presente vemos o caminho da recuperação do corpo debilitado e principalmente da mente de Edith, o quanto sobreviver um trauma tão grande é sempre uma luta diária e quando a gente acha que estamos recuperados podemos nos deparar com nossos demônios nos estendendo as mãos e querendo nos abraçar.

“Não existe uma hierarquia do sofrimento. Não há nada que torne a minha dor maior ou menor que a sua, nenhum gráfico no qual possamos registrar a importância relativa de uma dor sobre a outra. Não quero que você leia minha história e diga, 'Meu sofrimento é menos importante'. Quero que você afirme ‘Se você pode fazer isso, eu também posso!’."

Não sou muito de compartilhar frases por aqui, mas não podia deixar de trazer esta fala da Edith aqui. É justamente este sentimento de acolhimento que eu senti ao ler o livro e por diversas vezes tive que interromper minha leitura não apenas por estar extremamente emocionada e envolvida, mas também por ter que parar para refletir sobre tudo que era dito. Além disso, pude perceber que se ela que havia sofrido tanto era capaz de perdoar, quem era eu para ficar guardando tantas mágoas e remoer sentimentos.

A Bailarina De Auschwitz nada mais é do que uma leitura necessária, ouso a dizer que ela é uma leitura obrigatória para que todos possam entender a grandeza de suas vidas e o quanto nós somos mais fortes do que imaginamos e também podemos vencer, a nossa maneira, no nosso tempo, mas podemos vencer.

E vocês, Divagadores, já leram este livro? Tem vontade de ler?
Conta pra gente aqui nos comentários.

Beijinhos e até a próxima.

Autora: Edith Eva Eger | Editora: Sextante | Páginas: 304 | Ano: 2019



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