Vagando e Divagando

Boa tarde Divagadores, tudo bem com vocês?

Por essas bandas a semana foi extremamente corrida e eu não consegui sentar para escrever minha resenha, mas aqui estou eu, aos 49 do segundo tempo tentando manter a meta que coloquei para mim este ano.

Hoje vamos falar sobre A segunda vida de Missy, livro de número 26 do clube Intrínsecos. Bora lá?

Pelo segundo mês seguindo a Intrínseca nos enviou um livro que é protagonizado por uma idosa. Até ai não tem problema nenhum com isso, o problema é que Missy não conseguiu me chamar minha atenção e acabou sendo bem complicado criar empatia com a personagem. Como muitas mulheres de sua geração Missy acabou abrindo mão de fazer muita coisa de sua vida em prol da sua família e ainda teve que se ver com o peso de no fim da vida se ver completamente sozinha.

O problema em si não é apenas isso, apesar do livro navegar entre o passado e o presente, nos mostrando por quais motivos a vida de Missy tomou o rumo que tomou eu achei a forma como os personagens foram apresentadas muito crua, suas personalidades não eram marcantes de modo que era muito fácil se perder entre quem era quem e achar que estávamos o tempo todo falando com a mesma pessoa. Tenho que concordar que Missy mudou muito no decorrer da trama, no entanto não houve nenhum fator surpresa na forma como tudo se desenrolou fazendo com que sua mudança acabasse sendo aquele velho clichê de livros sobre velhinhas amarguradas.

Houve apenas um ponto em que o livro conseguiu prender a minha atenção que foi a relação conturbada entre mãe e filha que me fazia querer continuar a ler para descobrir logo o que havia acontecido entre as duas, mas na maior parte do tempo a leitura acabou sendo arrastada e com aquele peso de “esse livro parece que não acaba nunca”. Não sei vocês, mas ficar com este pensamento em relação a um livro me deixa bem chateada, mas as vezes acontece. Não se pode agradar a todos, não é mesmo?

Mesmo com a falta de empatia, mesmo com a falta de bons personagens tenho que admitir que o final fez compensar o tempo de leitura arrastada, pois em certos aspectos conseguiu se mostrar extremamente surpreende e chegou até mesmo a arrancar lágrimas de mim, coisa que eu não esperava que este livro conseguisse fazer.