Boa tarde, Divagadores, tudo bem com vocês? Aqui estou eu, em mais uma quinta-feira de muito sol aqui em São Paulo para trazer mais uma resenha pra vocês. Hoje vou falar de Em águas profundas da Patricia Highsmith, livro que recebemos de brinde na caixinha 27 do Intrínsecos, bora lá?
Sinopse: Vic e Melinda estão longe de ser um casal feliz ― seu casamento é mantido por um acordo nada convencional: Melinda pode ter quantos amantes quiser contanto que não arraste os dois e a filha para o caos de um divórcio. Tudo parece bem, mas, com o passar do tempo, Vic começa a se incomodar com os homens escolhidos pela esposa e adota uma estratégia inusitada para afugentá-los, assumindo a autoria do assassinato de um deles. Só que a notícia se espalha por toda a cidade do interior dos Estados Unidos e o antes cidadão-modelo, benfeitor, marido mais do que tolerante e empreendedor abnegado vira alvo da maledicência de todos.Tudo levava a crer que a vida voltaria ao normal quando o verdadeiro assassino é descoberto, mas a revelação da mentira de Vic é o estopim de uma reviravolta nas convicções do próprio e nas relações que mantém com a comunidade, com os amigos e com Melinda e seus vários amantes. O que se cria é uma trama intrincada, repleta de segredos, manipulação psicológica e sangue.Em águas profundas tem a marca registrada de Patricia Highsmith: explora os abismos mais sombrios da psique humana e lança luz para o fato de que sob a superfície das personalidades mais pacatas e exemplares podem se esconder as mais sórdidas psicopatias.
Antes que vocês comecem a ler minha resenha eu quero que vocês saibam que minha conclusão sobre o livro foi feita em cima das minhas experiências pessoais. O que quero dizer sobre isso? Quero dizer que, este é um livro onde é melhor que você leia e tire suas próprias conclusões. Por que estou dizendo isso? Porque como eu disse minhas experiências pessoais foram levadas em consideração e como cada um tem a sua, pode ser que você acabe tendo uma ideia muito diferente sobre o livro.
Vou começar esta resenha deixando as coisas bem claras: este livro não funcionou comigo. Vejam bem, estou falando que não funcionou comigo. Algumas pessoas classificam o livro como um suspense psicológico, outros como um romance policial, independente do que seja, o fato da Patricia Highsmith deixar tudo as claras sobre quem era o assassino e quais eram os motivos faz com que eu não consiga classificar o livro desta forma. Aliás, sendo bem sincera, eu não faço ideia de como poderia classificá-lo. Eu que sou apaixonada por esses dois gêneros não consegui pegar gosto pela leitura e a forma como a escritora colocou sua narrativa não conversou comigo de modo que a leitura acabou ficando pesada e enjoativa.
Aqui entra o primeiro ponto da minha experiência pessoal e que certamente fez com que eu não conseguisse criar qualquer tipo de vínculo para que eu tivesse vontade de ler o livro. Acredito que, quando você quer deixar certos pontos tão as claras a forma como você vai narrar as coisas tem que ser feita de um jeito que prenda ainda mais a atenção do leitor para ele querer continuar a ler, mas o que eu encontrei foi um texto com uma série de informações que não acrescentavam e por vezes conseguiam deixar o texto ainda mais massante.
Os personagens bem que poderiam ser este ponto que criava o interesse na leitura, não é mesmo? Quando eu li a revista que acompanha o livro foi citado que uma das características dos livros da Patricia Highsmith era que ela tinha a capacidade de fazer você simpatizar com o criminoso. Pois bem, essa tática não funcionou comigo. Nem com o fato de a Melinda ser uma pessoa extremamente insuportável fez com que eu conseguisse criar este tipo de vinculo com Vic e até agora não consegui entender como ele foi capaz de se submeter a ir tão longe em um relacionamento com aquela mulher. Resumindo bem, no fim das contas eles eram um casal de pessoas tóxicas e eu não conseguia ver como isso poderia dar certo em algum momento.
Aqui entra o primeiro ponto da minha experiência pessoal e que certamente fez com que eu não conseguisse criar qualquer tipo de vínculo para que eu tivesse vontade de ler o livro. Acredito que, quando você quer deixar certos pontos tão as claras a forma como você vai narrar as coisas tem que ser feita de um jeito que prenda ainda mais a atenção do leitor para ele querer continuar a ler, mas o que eu encontrei foi um texto com uma série de informações que não acrescentavam e por vezes conseguiam deixar o texto ainda mais massante.
Os personagens bem que poderiam ser este ponto que criava o interesse na leitura, não é mesmo? Quando eu li a revista que acompanha o livro foi citado que uma das características dos livros da Patricia Highsmith era que ela tinha a capacidade de fazer você simpatizar com o criminoso. Pois bem, essa tática não funcionou comigo. Nem com o fato de a Melinda ser uma pessoa extremamente insuportável fez com que eu conseguisse criar este tipo de vinculo com Vic e até agora não consegui entender como ele foi capaz de se submeter a ir tão longe em um relacionamento com aquela mulher. Resumindo bem, no fim das contas eles eram um casal de pessoas tóxicas e eu não conseguia ver como isso poderia dar certo em algum momento.
Até entendo que em na época que o livro foi escrito isso faria algum sentido, mas lembra o que eu falei sobre experiência pessoal? Pois bem, pra quem já passou por uma série de relacionamentos abusivos e hoje em dia sabe reconhecer muito bem, o livro não passou de um relacionamento abusivo vindo de ambos os lados onde havia uma grande disputa para saber qual dois era pior no meio disso tudo.
O que eu tirei de lição disso tudo: que infelizmente a Patricia Highsmith não é o tipo de autora que funciona pra mim de modo que eu fiquei completamente sem vontade de ler qualquer outra coisa que venha dela, até mesmo os livros mais conhecidos como Pacto sinistro e O talentoso Ripley.
E vocês, Divagadores, já leram o livro ou tem vontade de ler? Conta pra mim ai nos comentários.
Beijinhos e até a próxima.
Beijinhos e até a próxima.
Autora: Patricia Highsmith | Editora: Intrínseca | Páginas: 304 | Ano: 2020
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