[RESENHA] As Crônicas de Nárnia - O Cavalo e seu Menino

Autor: C.S. Lewis
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 750
Ano: 2009 (2ª Edição)
Classificação: 5/5
* Eu to com o volume único, então o número real de páginas da obra é mais ou menos: 96


Sinopse: Enquanto um cavalo e seu recém-adquirido menino fogem com a companhia de uma garota e sua égua, a procura de chegar a tão sonhada e livre Nárnia. O desenrolar de eventos paralelos configuram grandes e perigosas batalhas entre países incluindo Nárnia (Ah não!). Enquanto isso a presença sutil do perigo e selvageria se transforma na chave para a liberdade e paz de todos durante a era de ouro de Nárnia.




Poisé gente, mais um livro das Crônicas desse lugar incrível... Talvez seja possível que sinta que talvez o mundo pareça meio cinzo comparado a fantástica Nárnia e nosso mundo. Parece meio cinza sim, menos claro, turvo e confuso. Perdão pelo excesso de adjetivos, mas de fato acho que talvez, podemos ao menos tocar no universo de Nárnia através de um dos países que coexistem na mesma dimensão de lá, como a Calormânia. A semelhança é tão estrondosa da parte deprimente que existe no país que poderia jurar que fico confusa em saber se estou na Calormânia ou se grande parte das pessoas que aqui vivem são Calormanos. Mas vamos a resenha de forma introdutória pra que você pareça (talvez) menos confuso, e eu menos louca: A crônica não se inicia dessa vez em Nárnia, porém meio que termina por lá. Tudo começa com a vida de um menino "filho" de seu "pai" (QUE ÓDIO! EU FIZ DE NOVO!), abrindo mais parênteses, enquanto tem gente que reclama que o pai/mãe escraviza só por pedir pra você ir na taberna/bugeda/mercadinho/seilaoquedotioAntônio, enquanto o pobre Shasta (o "filho", e já se dá mal por esse nome, mas enfim, não posso zoar, porque meu nome também é diferente) é de fato escravizado pelo pai. Os seus dias de exploração, porém, estão por chegar a um fim, ou um início pior, quando um cavaleiro em um cavalo (NÃO ACREDITO NISSO!) majestoso aparece com interesse em comprar Shasta. O que o pobre pequeno não esperava era que o cavalo (Bri) falasse, e convencesse Shasta a fugir de seu futuro dono que seria dez vezes pior que seu pai. Assim seguem jornada o cavalo e seu menino, porque foi Bri que resgatou Shasta, e de fato Shasta depende dele, no caminho seus caminhos se chocam com Aravis uma menina que também foge de um futuro aterrador com uma égua falante, Huin. Ou seja, Huin também é de Nárnia, e é a mais sábia, humilde e doce dos quatro protagonistas. Entre troncos e barrancos, muitos desencontros e encontros; aparecem alguns personagens da crônica anterior, afinal a estória é retratada no período de ouro em Nárnia em que os quatro reis e rainhas provenientes de um guarda-roupa reinavam. E claro, a presença daquele que faz diferença na história de quem for, sejam humanos, narnianos, calormanos: Aslam. Aqui sua presença é colocada de forma sutil no desenrolar de tudo, porém próximo ao fim, são os detalhes e ações sutis de Aslam que levam a projeções determinantes no desenrolar da vida de cada personagem. Aqui posso chamar o que Aslam faz de pequenos milagres e se limitam a história particular de cada personagem, contudo fazem diferença no plano geral.





E a história de Shasta, Aravis, Bri e Huin? E os outros narnianos presentes? Quer que conte mais? Sorry, querido(a), "a ninguém será contada a história do outro" (piada interna haha, tem que ler). Continuando com as impressões, achei interessante o autor colocar um país como nosso mundo em contato com Nárnia, é a mesma impressão que temos com aquilo que é verdadeiramente diferente, aquilo que não é espelho a gente nem tenta entender, a gente execra. Outro ponto são as mentalidades existentes e semelhantes tanto em nosso mundo como em Calormânia, coloca as pessoas em caixas, e ainda as ilude ao faze-las pensar que são bolas alegres e quicantes (isso faz sentido? não? BLAH!). Sobre a mentalidade fútil de quem acha que tem poder pode mandar, e a de escravo que só faz o que mandam. Tão divergentes, e mesmo assim parecidas, e infelizmente não comum encontrar pessoas que tenham um desses tipos de pensamento, como os dois. Até eu mesmo, me identifiquei com alguns pontos dessas mentalidades... triste. Mesmo te fazendo pensar, a historia é longe de ser chata, cheia de aventuras, ação e trambiques. Então é isso, até a próxima ;D.



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2 comentários ♥

  1. Menina, que vontade absurda que me deu depois de ler essa resenha!
    Vou procurar esse exemplar na minha cidade amanhã mesmo.

    Beijos
    Laís Happel - Blog Carolice
    http://www.carolice.com/

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  2. Opa, oi Laís! Procura mesmo vale a pena :) ! Ah e se puder, diz o que você achou do livro pra gente, abraços :D

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