[REVIEW] Contos do Dragão



Autor: Marcelo A. Galvão
Editora: Draco
Classificação: 3/5
Baixe Gratuito: Saltimbanco
Ao fazer um pedido especial aos deuses, um jovem artista descobre que até mesmo as divindades têm um senso de humor peculiar.
E aí pessoal! Hoje trago para vocês alguns comentários de contos de autores da nossa parceira, a Editora Draco. São contos que variam entre Fantasia, Ficção Científica e Terror e todos eles escritos por brasileiros. Vamos começar.

O primeiro conto é Saltimbanco, de Marcelo A. Galvão. Ele vai contar a história de Gapu, um jovem artista que trabalha ao lado de seu mestre, Montani. Um dia, no meio do caminho para a próxima viajem onde iam se apresentar, ele encontra um pequeno objeto nas ruínas de um templo. Esse objeto é uma representação de Zaio, uma divindade, que, até onde ele sabia, era uma espécie de protetor para os artistas. Acreditando que fazendo preces a ele, sua vida melhoraria, ele passa a fazer exatamente isso. E é logo na primeira apresentação após encontrá-lo que ele atesta as propriedades do objeto. E assim, o senso de humor de um deus como Zaio é provado, talvez não da melhor forma que Gapu esperasse. 

Como um conto, Saltimbanco cumpre muito bem sua proposta, de ser um texto curto e que consegue contar sua história. Ainda assim achei um pouco corrido, mas nada extremamente relevante. O texto é bem escrito pelo autor, leve e de leitura rápida, o que contribuiu para a fluidez do trabalho.

No entanto, o maior destaque, para mim, foi a construção dos personagens. Em pouquíssimas páginas, foi muito fácil assimilar a presença deles, quem eles eram, o que faziam e suas personalidades. Nesse ponto, o autor acertou ainda mais, principalmente por ser um conto curto, onde ele tem que contar a história mas também, de alguma forma, fazer os personagens adquirirem suas próprias personalidades em um curto espaço de tempo.



Autor: Fábio Fernandes
Editora: Draco
Classificação: 4/5
Baixe Gratuito: Charlotte Sometimes
Um homem, uma noite, um bar. O que ele faz ali? Entre os vapores do gelo seco e as névoas da amnésia, Júlio busca uma resposta para tantas dúvidas que o assombram. Mas ele pode não gostar do que vai encontrar entre os escombros da sua memória – ou será a memória de outra pessoa?
Em seguida, temos Charlotte Sometimes, de Fábio Fernandes. O conto é do gênero ficção científica e vai contar uma história com o personagem Júlio, que se encontra em um bar, cheio de névoa, com pouca visibilidade e sem entender exatamente o que está fazendo naquele local. Ele percorre os corredores, passa por pessoas sem ver seus rostos e toda ação que ele faz ele sempre se pergunta o que foi fazer ali. Até que ele se dá conta de que talvez esteja em um sonho, coisa que ele sabe muito bem como se livrar. Mas, mesmo quando usa suas técnicas, não consegue sair dali e então, passa a ter que encarar algumas coisas e pessoas que ele esperava que estivesse apenas nas suas memórias mais distantes.

Charlotte Sometimes, que por sinal é o nome do bar onde Júlio se encontra, é um conto bem maior que Saltimbanco, portanto, tem mais espaço para desenvolver sua história. Uma característica que achei marcante nesse texto de Fábio Fernandes é a descrição das cenas, ambientando bem o leitor e sempre por trás de uma aura de mistério a cada frase escrita.

Bastante inteligente, o texto mantém o clima de mistério de início ao fim. E mesmo com falta de um clímax forte, que poderia fechar com chave de ouro, o conto se sustenta pela sua regularidade.



Autora: Clara Madrigano
Editora: Draco
Classificação: 3/5
Baixo Gratuito: A Toca das Fadas
Jack e seu irmão encontraram a toca das fadas. Ou é o que Jack acredita. Mas conforme sua obsessão cresce, as coisas deixam de ser divertidas, e as fadas talvez não sejam doces como o mel de que se alimentam.
Por fim, li A Toca das Fadas. E não pensem que as fadas daqui são fofinhas. O conto escrito por Clara Madrigano tem a proposta de ser um conto de terror, onde as fadas não são bem uma Sininho ou Tinker Bell da vida. Na história vamos acompanhar Jack e seu irmão, que encontraram uma toca de fadas. Jack jura tê-las visto e para fazer isso voltar a acontecer, ele tem a ideia de colocar um pote de mel na entrada da toca, junto de uma armadilha para pegá-las. Acontece que o plano não dá certo e as coisas começam a dar muito errado, principalmente para Jack, para a tristeza de seu irmão.

Em extensão de texto, o tamanho é praticamente o mesmo que o primeiro conto do post. Entre os três do post, esse considerei o segundo melhor, atrás de Charlotte Sometimes, ainda que a proposta de ser um conto de terror não tenha ficado muito evidente. Fica claro que houve a tentativa, mas o máximo que pude extrair da proposta do gênero foi um leve suspense, mas sem muita relevância ainda assim. Isso é compensando pelo fato do conto alimentar muito bem a curiosidade do leitor, com personagens interessantes e uma boa utilização das fadas, que normalmente são retratadas como criaturas fofinhas, bondosas. 

Confesso que adoraria de ver as fadas de Clara Madrigano em um livro, onde ela poderia explorar ainda mais o mundo desses seres. Quem sabe? 

E é isso galera, espero que tenham gostado das dicas de contos. Com certeza recomendo que leiam cada um deles.

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