[RESENHA] O Mestre de Quéops



Autor: Alberto Salvadó
Editora: Ediouro
Páginas: 191
Ano: 1998
Classificação: 5/5
 
O Mestre de Quéops é um romance histórico que se passa no reinado de Snefru e posteriormente de Quéops, no Antigo Egito (por volta de 2.500 a.C.). A história conta a trajetória de um escravo que se tornou mestre de um dos maiores reis do Egito Antigo. É também a histórica da construção das grandes pirâmides do Egito, dentre elas a própria pirâmide de Quéops, única das 7 maravilhas do mundo antigo a existir ainda hoje.


Esse livro pra mim foi uma grande surpresa. Nunca tinha ouvido falar do livro ou do autor, quando nos 'encontramos' numa bela tarde num sebo por aí. Eu gosto muito de romances históricos, especialmente se for do Egito e Roma Antiga. 

Já li vários romances históricos, mas esse foi um dos que mais me marcaram. A história trata de um tema complicado: escravidão. Independente do período histórico, escravidão é um tópico bastante indigesto. É difícil imaginar que isso um dia já foi considerado normal e ético. Mas mesmo nas circunstâncias mais pessimistas, e no início mais indigesto (com certas torturas e humilhação), temos a ascensão de um escravo a mestre de um dos maiores reis do Egito, Quéops. Claro, o livro é repleto de intriga, drama e momentos indigestos (assim como a escravidão o é), mas é uma leitura que recomendo.  

O livro começa com a Natia, uma jovem que teve o rosto desfigurado por um homem a tomada de sua cidade na guerra, e acabou se tornando escrava no Egito. O começo do livro é bem perturbador, com a jovem sendo sistematicamente maltratada e então estuprada, ficando grávida. Porém, a vida da pobrezinha era tão sofrida, que ela nem recordava do estupro com mágoa ou medo, e sim como algo que lhe concedeu seu maior presente: o filho. O filho de Natia é o protagonista do livro, Sedum, nascido escravo mas destinado a se tornar muito mais. Inteligente e bondoso, a trajetória de Sedum o levariam a se tornar mestre de príncipes e reis do Egito.

Na história, é bem interessante ver toda a política, religião e administração envolvida na construção dos maiores monumentos da história humana. Na figura abaixo, está representado a pirâmide de Quéops e a Esfinge de Quefren, todas em Gizé.



Não só um romance, mas o texto está imbuído de muita filosofia e até mesmo um pouco de conselhos administrativos/gerenciais a lá “A arte da guerra”.

O livro ganhou o prêmio Nestor Lujan para romance histórico em 1998, e recebeu críticas positivas. É um ótimo livro, especialmente para quem gosta do gênero Romance Histórico.

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